29/06/2009

Honduras: Retornando ao Passado.


O (ex?)presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi mais um a cair no canto da sereia bolivariana. Levantando a bandeira do poder além da democracia, tratou de se aliar a Hugo Chávez e levar o seu país a um grande buraco.

Zelaya resolveu que apenas um mandato presidencial era pouco para ele, então, convocou um plebiscito para avaliar se o povo permitiria ou não a possibilidade de sua reeleição. No entanto, ao contrário de no caso brasileiro (quando da emenda constitucional que permitiu a reeleição em nosso país), o congresso hondurenho não aprovou tal medida e com o apoio do poder legislativo e do exército considerou-a inconstitucional. Manuel Zelaya não se deu por satisfeito e, com o apoio da polícia nacional e de seu amigo Chávez convocou o plebiscito.


O que Zelaya não contava era que, um dia antes do plebiscito o exército o destituísse do poder, colocando o chefe da Suprema Corte em seu lugar.

Um golpe de estado como este não deve ser apoiado, já que abre a possibilidade de o próprio exército se apropriar do poder e de lá não querer sair. No entanto, a atitude de Zelaya não deve ser louvada em hipótese alguma.

Concordo em partes com as colocações de Obama. Ele acredita que o exército deve devolver imediatamente o poder para Zelaya, desde que este se comprometa a realizar normalmente as eleições em novembro... De fato, acredito que o poder não deve ser restituído a Zelaya, mas deve ficar com o presidente do congresso, até que, de fato sejam realizadas novas eleições.

A intervenção do exército só é bem vinda se esta instituição se retirar imediatamente e de maneira efetiva do poder. Caso contrário, teremos um retorno ao passado em Honduras... Um retorno negro, sangrento e tão não democrático quanto se Zelaya permanecesse no poder por mais quatro anos...



Espero que o Chávez não resolva meter o bedelho em Honduras, senão o tamanho do estrago pode ser ainda maior...

Um comentário:

José Silva disse...

Até que enfim homens de armas que defendem seu país contra esses caudilhos bolivarianos... Concordo que não é louvável, mas acredito que mesmo um governo militar não pode ser pior que um governo como o do bugre venezuelano. Aliás, qual a diferença entre uma ditadura militar e o que o infeliz faz na Venezuela? Censura de informação? Tem sim, senhor! Cerceamento da liberdade de expressão? Tem sim, senhor! Prisões políticas arbitrárias? Tem sim, senhor! Uso da força do exército para arroubos pessoais? Tem sim, senhor! E por aí vai...